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25 de Abril de 2024

Entenda os processos já abertos contra os réus da Operação Lava Jato

Denúncias apresentadas pelo MPF falam de fraudes e até tráfico de drogas. Doleiro Alberto Youssef é apontado como líder de organização criminosa.

Publicado por Anne Silva
há 9 anos

A Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal em março deste ano, revelou um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado ilegalmente cerca de R$ 10 bilhões.

O volume de denúncias apontadas pela PF atesta a existência de crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro há vários anos. Por serem investigações extensas, com vários desdobramentos, o Ministério Público Federal (MPF) decidiu dividir as denúncias que apresentou à Justiça Federal. O objetivo da procuradoria é agilizar o andamento dos processos contra os acusados.

Dezenas de pessoas já foram denunciadas pelo MPF. O nome do doleiro Alberto Youssef é comum na maior parte dos processos, já que ele é apontado como chefe da quadrilha.

Entenda abaixo os processos que já foram abertos contra os acusados:

1 – Lavagem de dinheiro e prática de crimes financeiros

Acusados: Alberto Youssef, Carlos Alberto Pereira da Costa, Esdra de Arantes Ferreira, Leandro Meirelles, Pedro Argese Júnior e Raphael Flores Rodrigues

Conforme a denúncia do MPF, os réus são acusados de lavar mais de US$ 400 milhões em operações fraudulentas de câmbio, com o uso de empresas de fachada. Youssef é tido como o chefe da quadrilha. Carlos Alberto aparece como o segundo nome dentro da organização, com envolvimento direto nas operações fraudulentas. Os demais eram gestores das empresas de fachada e autorizaram o uso delas para as práticas ilegais.

2 – Prática de crimes financeiros.

Acusado: Carlos Alexandre de Souza Rocha

O réu é acusado de manter uma instituição financeira irregular. Segundo o MPF, ele operava valores ilegalmente no mercado de câmbio negro, tal como o doleiro Alberto Youssef.

3 – Prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Acusados: Maria Josilene Costa, Maria Lucia Ramires Cardena, Raul Henrique Srour, Rodrigo de Oliveira Srour e Valmir José de França

De acordo com o MPF, Raul Henrique Srour era líder do grupo acusado de atuar no mercado negro fraudando identidades para realizar operações de câmbio. O MPF fala em 900 operações de câmbio fraudulentas, feitas com identidades de terceiros, entre janeiro de 2013 e março de 2014. Segundo a denúncia, a empresa Districash Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários era utilizada como fachada para os crimes. A acusação afirma que Rodrigo Henrique Gomes de Oliveira Srour era o responsável pela parte administrativa-burocrática da empresa, que Rafael Henrique Srour executava operações e câmbio fraudulentas, que Valmir José de França fazia o recolhimento, transporte e saque de valores em espécie para os crimes, que Maria Lúcia Ramires Cardena estava envolvida na remessa de informações falsas ao Banco Central, e que Maria Josilene da Costa, e o próprio Raul Srour lavaram dinheiro na compra de um automóvel de luxo.

4 – Lavagem de dinheiro e crimes de pertinência a grupo criminoso

Acusados: Alberto Youssef, Antônio Almeida Silva, Esdra de Arantes Ferreira, Márcio Andrade Bonilho, Murilo Tena Barros, Leandro Meirelles, Leonardo Meirelles, Paulo Roberto Costa, Pedro Argese Júnior e Waldomiro Oliveira.

Essa denúncia trata de um crime de lavagem de dinheiro envolvendo uma obra da Petrobras com suspeita de superfaturamento. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e Youssef são apontados como os chefes da quadrilha, que pode ter movimentado mais de R$ 400 milhões. Segundo a denúncia, os demais acusados teriam emprestado os nomes e assinado documentos para facilitar a execução dos crimes, que beneficiariam principalmente Youssef e Costa.

5 – Tráfico internacional de drogas, Associação para o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro do tráfico e evasão de divisas.

Acusados: Alberto Youssef, André catão de Miranda, Carlos Habib Chater, Maria de Fátima da Silva, René Luiz Pereira e Sleiman Nassim El Kobrossy.

Neste caso, o único acusado por tráfico de drogas é Rene Luiz Pereira. Os demais envolvidos são apontados como facilitadores do transporte de cocaína e de lavar o dinheiro proveniente da venda da droga. O juiz suspendeu temporariamente esse processo, para que a defesa de Rene possa se manifestar.

6 - Lavagem de dinheiro e crimes financeiros

Acusados: Nelma Mitsue Penasso Kodama, Iara Galdino da Silva, Luccas Pace Júnior, João Huang, Cleverson Coelho de Oliveira, Juliana Cordeiro de Moura, Maria Dirce Penasso, Faiçal Mohamed Nacirdine e Rinaldo Gonçalves de Carvalho.

Nelma Kodama é acusada neste caso de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado ilegalmente mais de US$ 5 milhões. Os demais nomes, segundo o MPF, são de pessoas que operavam o esquema, usando contas de empresas fantasmas. Já Rinaldo de Carvalho é gerente do Banco do Brasil. Conforme a denúncia, ele gerenciava as contas no banco encobria as atividades do grupo.

7 - Crimes financeiros e formação de quadrilha

Acusados: Andre Luis Paula dos Santos, Carlos Habib Chater, Ediel Viana da Silva, Vinicius Viana da Silva, Francisco Angelo da Silva, Julio Luis Urnau, Katia Chater Nasr, Ricardo Emilio Esposito e Tiago Roberto Pacheco Moreira

Nesta denúncia, o nome do doleiro Carlos Habib Chater aparece como o mandante dos crimes. Entre eles, está o envolvimento de Chater com Youssef para lavar dinheiro. Os demais acusados são tidos como facilitadores para os crimes, fosse no transporte dos valores ou empréstimo de nome para uso em atividades ilegais.

8 - Ocultação de provas

Acusados: Arianna Azevedo Costa Bachmann, Humberto Sampaio de Mesquita, Marcio Lewkowicz, Paulo Roberto Costa, Shanni Azevedo Costa Bachmann

Segundo o MPF, quando a Polícia Federal esteve na casa do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para apreender documentos que poderiam servir como prova, ele teria ordenado que parentes fossem até a empresa que trabalhava para tentar destruir documentos. Os fatos são comprovados com imagens de câmeras de segurança da empresa Costa Global, mas a defesa alega que houve apenas uma coincidência.

9 - Corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro

Acusados: Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Waldomiro de Oliveira, Fernando Soares, Júlio Camargo, Nestor Cerveró, Adarico Negromonte, Dalton Santos Avancini, Eduardo Hermelino Leite, Jayme Alves de Oliveira Filho, João Ricardo Auler, Marcio Andrade Bonilho, Ricardo Ribeiro Pessoa, Carlos Alberto Pereira da Costa, Enivaldo Quadrado, João Procópio de Almeida Prado, Sergio Cunha Mendes, Rogério Cunha de Oliveira, Ângelo Alves Mendes, Alberto Elísio Vilaça Gomes, José Humberto Cruvinel Resende, Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, Mario Lúcio de Oliveira, João de Teive e Argollo, Sandra Raphael Guimarães, Gerson de Mello Almada, Carlos Eduardo Strauch Albero, Newton Prado Júnior, Luiz Roberto Pereira, João Alberto Lazzari, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Fernando Augusto Stremel Andrade, José Adelmário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Dário de Queiroz Galvão Filho, Eduardo Queiroz Galvão, Jean Alberto Luscher Castro, Erton Medeiros Fonseca.

Fonte: G1. Globo

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5 Comentários

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Tantos políticos envolvidos, tanto dinheiro roubado do país (10 bilhões movimentados ilegalmente). Mas o duro é saber, primeiro, que a impunidade já está sendo tramada no STF e, segundo, que o MPF estima recuperar apenas 5% de todo o montante conhecido até agora do dinheiro desviado. http://g1.globo.com/política/operacao-lava-jato/noticia/2015/01/lava-jato-assegura-recuperação-der500-milhoes-diz-ministério-público.html continuar lendo

Bom texto, mas gostaria apenas de discordar na parte que trata o Youssef, como LIDER. Para mim, ele é uma ferramenta, assim como os diretores da PTBras "programada para roubar", mas capacho de gente grande.
E nossa história mostra que somente os capachos vão preso. E portanto, esses que estão ai, servirão de pizzaiolos para uma PIZZA "Nunca vista antes nesse Pais". continuar lendo

~situação muito triste e vergonhosa saber que o país ao longo dos anos é presa de inúmeras quadrilhas essas descobertas outras que não se deve ter conhecimento e a população sempre usadas por leis que intimidam, tudo conduzido num processo macabro, idealizado por psicopatas que se articulam e não tem a menor cerimônia em lesar a patria. continuar lendo

Nosso povo demonstrou sua insatisfação e seu conhecimento sobre as atividades e as decisões políticas, administrativas e judiciais, isso representa uma nova visão de crescimento político e social. É um bom começo. continuar lendo